Fora Bolsonaro já! A dignidade surge na luta e se defende nas ruas!

Coletivo Alicerce
2 min readJun 27, 2021

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Maio de 2021 marcou a retomada das ruas por milhares de pessoas em centenas de cidades pelo país (29M). Os atos convocados sob a palavra de ordem “Povo na Rua #ForaBolsonaro” foram um grande e importante recado das ruas sobre a urgência de derrubar Jair Bolsonaro e Mourão. Encerrar com a força das ruas um governo que aprofundou a crise brasileira e potencializou as mortes, o desemprego, a fome e a miséria para a imensa maioria do povo trabalhador. Nos atos, cartazes inspirados na luta colombiana reafirmam: se o povo protesta em meio a uma pandemia é porque o governo é mais perigoso que o vírus.

Em 19 de junho (19J) atos maiores e em mais cidades. Naquele sábado o país atingiu 500 mil mortes por covid-19, o 2º país no mundo em número absoluto de mortes. A indignação nas ruas denunciou a recusa do governo em comprar vacinas, a extrema redução do auxílio emergencial e os mais de 14 milhões de desempregados, o caráter genocida do presidente e de seu governo. A exigência do Fora Bolsonaro do ato contrastou com a política de desgaste do governo por setores que apostam que a saída deve e só pode acontecer em outubro de 2022.

A retomada das manifestações é um fôlego fundamental para um cenário político que depende da entrada em cena das classes trabalhadoras e das ruas. Não serão as eleições em si que poderão imprimir um novo conteúdo e sentido para o país. Qual nossa tarefa frente a situação que se apresenta? Precisamos ter firmeza na luta contra Bolsonaro, não para supostamente desgastar, mas para derrubar esse governo. Qual nosso dever frente a brutalidade desse governo? Se ainda não é o momento decisivo, é preciso passar do desgaste para o enfrentamento e destruição desse governo. Outras centenas de milhares de brasileiros/as serão mortos em decorrência da gestão da crise e da covid.

Os atos têm reunido força, mas se seguir na lógica do conta gotas e sem apontar saídas concretas no atual cenário, provavelmente resultarão em frustração. O longo espaçamento de atos proposto com a indicação do 24 de julho precisa ser pensado. Precisamos dar dinâmica de luta permanente e com intensidade crescente. É na rua que as possibilidades para derrubar Bolsonaro e Mourão serão construídas. É preciso avançar. Com um governo genocida não existe tempo a perder. Mobilizar e convocar para que o 13/07 seja maior é fundamental. Será pela pressão de baixo para cima, das ruas, ou não será.

Porto Alegre, 24 de junho de 2021.

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Coletivo Alicerce

“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.” (Rosa Luxemburgo)